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~ Eu não tenho nada para oferecer a ninguém, exceto minha própria confusão ~ J. Kerouac

domingo, 17 de março de 2013

O jeito que sou

Acabei (involuntariamente) de lembrar uma música daquele grupo Polegar, onde o rapaz que engoliu até pilha e caneta bic anos atrás era o vocalista super fofo e adolescente. E não tô 'tirando uma' com a situação triste que o rapaz passou não. Trabalho com dependência em substâncias psicoativas e sei como é o drama! 

A música? Pois é:


Sou como sou
Aonde vou eu acho a minha saída 
Sou como sou e seguirei a vida é pra ser vivida
Sou como sou e viver é melhor medida 
Sou como sou



Mas, o que me trouxe até aqui foi parar pra pensar em como estou 'envelhecendo'. Os dias estão passando e muitas características em minha personalidade estão se transformando. Acho (mas, só acho) que até meio antissocial eu estou ficando. Uma pequena transfusão de comportamento com meu marido que resolveu ser o popular esse ano, e tá dando certo. Nunca entendi porque uma pessoa tão inteligente, e tão agradável (como é o Daykerson) cultuava a solidão... Hoje ele percebeu que dá pra ser quem ele é, do jeito que ele é, e ainda assim conviver com vários tipos de pessoas. 


Eu? Acho que desaprendi... Talvez eu deveria ter engravidado BEM mais cedo. Tô me achando uma velha e não tenho paciência alguma pra MUITA coisa. Ando cansada, ando dolorida... A experiência é única e inigualável... Mas, nem todos compreendem por tudo que a gente passa, e é isso. 
A gravidez tem sido uma experiência que me marcará pra sempre. Não só pelo óbvio fato de que serei mãe, terei alguém nesse mundo que dependerá de mim, etc e etc... Mas, porque está me marcando como pessoa. Como um corpo que ocupa lugar no espaço.
Vi agora de manhã que aconteceram vários acidentes aqui em Cascavel. Acidentes de carro, pessoas baleadas em 'botecos'... Coisas aparentemente normais em acontecer por aqui em uma madrugada de sábado para domingo. E só consegui pensar que "eu estava em casa, e assim evitei que acidentes mais drásticos acontecessem comigo e minha família".
Às vezes a gente se expõe muito. Às vezes as fatalidades nos alcançam em qualquer lugar, até em casa. Ninguém está blindado a quase nada. Mas, mesmo assim... Ainda ando preferindo minha casa, meu aconchego, com meu marido, amigos próximos e uma noite mais tranquila!