Minha foto
Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
~ Eu não tenho nada para oferecer a ninguém, exceto minha própria confusão ~ J. Kerouac

quinta-feira, 22 de março de 2012

Problemas comigo mesma?

O que supostamente é um bom texto para se ler? O que realmente seria algo interessante para escrever aqui, e que prenderia qualquer outro alguém até a última palavra, se importando mesmo com o que está sendo dito?
Me deparei com minhas próprias palavras. Com meus sentimentos... Com o que eu transpareço ser. Me deparei com meus títulos, e quis entender... Qual é o problema comigo? Que tipo de problema eu tenho comigo mesma?


Hoje eu me lembrei que tenho certas crises com idade. Que me acho velha ora pra isso, ora praquilo. Humm... Qual o problema comigo? Estou envelhecendo. Estou 'crescendo'. Simplesmente seguindo o fluxo. Nunca imaginei que teria problema em lidar com quem sou, e em quem estou me tornando.

Fui inserida há alguns anos em meio a pessoas mais novas do que eu. Conheci, namorei, noivei, casei e escrevo a história da minha vida com alguém mais novo do que eu. Sou a filha mais velha. De repente parece que eu sou mais velha que todo mundo. E que estou lutando contra o relógio.
Todos os carnavais eu saio para acampar com o pessoal da igreja. Às vezes vamos pra Argentina, às vezes pra uma cidade vizinha. As últimas vezes, limitamos a acampar na cidade dos meus pais. Pude perceber que não me encaixava mais ali. Eu olhava para os lados, e não conseguia me sentir à vontade. Não era a mesma coisa...
Quase todos nós casamos e seguimos a nossa vida. Não tinha mais nenhum dos meus contemporâneos naquele lugar. Nenhum dos meus amigos estavam acampando. Me senti perdidamente deslocada. Acreditem ou não, eu nem consegui dormir uma noite na barraca. Bem cedo, peguei meu carro e minhas coisas, juntei o marido, e fomos dormir na casa do papai.

Eu não quero viver como se a ampulheta estivesse virada, caindo os últimos grãos de areia. Eu sei que é bom estar vivo. E quem conta idade, é porque está contando vida. Não é medo de morrer, ou de envelhecer de fato. É só insegurança de não dar tempo de fazer tudo que quero, tudo o que preciso, o que sinto.


terça-feira, 20 de março de 2012

Motivos de ser assim

Eu sinceramente estou tentando manter uma rotina organizada de vida adulta pseudo intelectual neste ano de 2012. Mas, é tão complicado...
Como recém formada, entrei em desespero quando percebi que não tinha o que fazer à noite, enquanto meu marido está em seu próprio martírio chamado graduação.
Ok! Desempregada, não tenho/teria a mínima condição de "bancar" uma pós. Só que não sei, e não consigo ficar sem estudar. Sem fazer nada. Fica aquele sentimento cobrando. 'Tá errado ficar a noite toda no sofá vidrada no AXN'... 'Você precisa encontrar algo útil pra fazer durante suas noites'... E tal. Cobrança minha mesmo! Aquelas coisas que a gente sente dentro da gente, e reflete fora.
Recebi uma ligação 2 ou 3 dias depois da minha colação me oferecendo um desconto de 30% nas Pós oferecidas pela faculdade onde me formei. Me interessei em algo que me capacitará a dar aulas no ensino superior. Me agrada a ideia. Adoro ensinar. Sério, a ideia me fascinou. E papai entrou no "barco" comigo. E ainda vai pagar! Já comecei a ficar mais aliviada.
Só que não bastava, né?! Todos os sábados do ano ocupados. Beleza. Mas não foi suficiente para aquietar o meu "bichinho" interno.
Me interessei por outra pós graduação, à distância. E embarquei nessa ideia. Consegui um estágio remunerado tão somente para pagar os gastos que terei. Assim, posso ter meu tempo livre para estudar, e não cansar por ter trabalhado 8h ou mais em um emprego que não é na minha área, e que não me liberaria aos sábados para a primeira pós...


Mas, qual o motivo para essa explicação toda?? Eu venho tentado manter meus estudos em dia. Toda noite eu me sento com meu material, e dedico o meu tempo, e minha preciosa concentração aos meus textos. Só que sou aquele tipo de gente que ODEIA barulho. Se isso é uma patologia? Não cheguei a levar o assunto à terapia. Tudo me incomoda. O barulho da caixa d'água enchendo, sim... Me atrapalha. As 3 crianças que moram nas outras casas correndo, gritando e andando de bicicleta? Me dá vontade de arrancar meu útero. Como odeio o barulho que fazem logo no meu horário de estudar. E essa música de hoje em dia?? Caramba!
Minha patologia de fato é ser chata. Sou insuportável. E ando desgostando de viver nesse lugar, simplesmente por não suportar o conviver com meus queridos vizinhos. Detalhe que o marido e eu AMAMOS a casa, o bairro, a localização, tudo!
Espero encontrar uma forma de não enlouquecer, e de não me indispor fisicamente ou verbalmente com os vizinhos. Como costumamos ser civilizados, não fazer barulho, não tocar músicas altas, não gritar (o que os outros 3 casais das outras 3 casas definitivamente não ligam de fazer), não brigar... Sei lá! Só gostaria de receber um pouco em troca. Um pouco de respeito... 
E não ser observada por uma criança de 4 anos pelo lado de fora da janela do meu quarto... Como agora!


PS: Parabéns pra quem é blogueiro, visto que é "nosso" dia! Agradeço de verdade aos blogs, pois sem viver essa loucura toda, eu jamais teria conhecido o Daykerson (ou Deiquerson - hehehee), meu marido, meu parceiro, meu amigo, meu porto seguro!!!

quinta-feira, 15 de março de 2012

Confusões por ser 'eu'

Estou vivendo uma época onde não entendo bem o que está acontecendo com a minha vida. Se eu for olhar tudo o que acontece no meu dia-a-dia, está tudo ótimo. Tenho uma relação perfeita com minha família e com meu marido. Tive 'saco' suficiente para aguentar terminar uma outra faculdade que comecei, com duração de 5 anos! Tenho um lar, uma casa pra viver. Adoro nosso cantinho! Não nos falta alimentação, não nos falta roupas...
Tenho tudo em minha vida que posso querer e/ou precisar. Sim, eu deveria estar feliz! Deveria me sentir realizada e reluzente. Mas, sabe-se lá o porque, não é assim que ando me sentindo. Não estou deprimida, nem nada. Só sinto que algumas coisas que quero, eu não estou conseguindo fazer. E isso é mais relacionado ao problema com frustração, do que qualquer tipo de depressão.
Sou altamente negativa em relação à frustração! ODEIO que as coisas que planejo, deem errado. Claro, ninguém gosta! Só que sinto um algo tão ruim, uma incapacidade, uma vontade de ir "lá", quebrar tudo, e fazer acontecer!!!!




Ainda existe muita coisa em minha vida, que vejo que preciso colocar nos eixos. Tem muita coisa interior que precisa ser re-organizada! Preciso perceber onde está machucando de fato, para trabalhar nisso! E é sério... Eu quero trabalhar nisso!! Se tem algo que não sei fazer nessa vida, é desistir. Eu vou até o fim! (menos os seriados que AMO e foram cancelados... aí, já é uma outra história!)




Ah, tem promoção lá no blog Cereja Rocks, e eu vou participar, por que né?! 


quinta-feira, 1 de março de 2012

Quando tudo...

Faz alguns dias que estou ensaiando palavras para postar no blog. Que eu perdi o ritmo, isso é óbvio. Coisa de 5 anos atrás, eu postava dia sim, dia não. E olhe lá... Acho que sempre tinha algo acontecendo na minha vida, só pode. Porque como arranjava tanto motivo para escrever?!
Lembro-me que vivia um romancezinho de fim de adolescência que se estendeu pros primeiros anos da vida jovem adulta. Então essa história rendia muitos posts.
Depois a gente cresce, e não é fisicamente. A vida automaticamente fica mais corrida. Você precisa trabalhar, você precisa cuidar de casa, dar atenção ao marido e desfrutar de sua companhia, estudar, reservar tempo para a família, sair com os amigos e renovar os votos que nos unem... Acho que por isso não tenho mais tanta vontade de ficar parada, horas, lendo blogs, comentando atentamente cada post lido, e arrumando e planejando o meu próprio. Eu ainda gosto muito, e quando paro para ler outros blogs, quero sempre ser muito educada, respeitando o autor, lendo e comentando como a pessoa merece. Só acho que não gastaria mais tanto da minha vida nisso, como gastei durante uns 6 anos da minha vida.
Por causa dos blogs conheci pessoas maravilhosas. Constituí família com uma dessas pessoas. Com outras duas desenvolvi um laço de amizade que parece inabalável... Sou grata pelas facilidades da vida moderna. Já perdi o amor e companhia de gente super importante e que convivia comigo todos os dias. Gente que eu pensava ser eterna em minha vida. Mas, quando você se importa muito, e essa importância sua parece ser e ter motivos errados para a outra pessoa, essa sua amizade não é, não pode ser aquilo tudo que você acreditava, vocês acreditavam!
Esse post era pra ser sobre outra coisa. O assunto ainda está na minha mente, querendo sair. Mas, não vai ser agora. Nem hoje!

Eu só quero continuar escrevendo quando tiver o que falar. Poder visitar outras pessoas, desfrutar de suas aventuras diárias. Parece que terei uma ligação eterna com esse meio de expressão pessoal.
Amém.


Quando li "Os homens que não amavam as mulheres", era mais ou menos assim que eu imaginava tudo...